Em diversos países a justiça pública ainda é mais atraente que a justiça privada. Inúmeras leis recentes tem sido elaboradas com intuito de promover os métodos alternativos de resolução de disputas, conferindo o valor de um julgamento estatal para contratos firmados após o término de um ou outro desses métodos privados para solução de conflitos. Essa política de promoção da justiça privada também se relaciona com a arbitragem, simbolizado, com o passar dos anos, praticamente em toda justiça privada. Este artigo propõe um passo importante para permitir às partes se beneficiarem da fusão da justiça pública e justiça privada, combinando as vantagens de um e outro e, assim, resolver os problemas de cada um dos sistemas. A Bélgica pode ser o campo de testes de uma “revolução” ao permitir que sua corte comercial, composta por um juiz de direito e dois juízes leigos, atue como um Tribunal Arbitral, mantendo a sua natureza e estrutura jurisdicional pública e, portanto, todos os efeitos ligados aos julgamentos desse tribunal.